15 de set. de 2009

Clonagem de Cartões

Como os Bandidos Clonam os Cartões

O prejuízo dos chupa-cabras já soma mais de R$ 31 milhões no primeiro semestre de 2009 e continua crescendo por todo o país. Entenda como este crime acontece e descubra formas de prevenção.

Ter um cartão de crédito já abre uma nova porta para um perigo quase iminente aos usuários do dinheiro de plástico. Não é novidade que os cartões magnéticos são clonados de maneira grosseira por todos os cantos do país. Entretanto, o prejuízo causado por este tipo de fraude já ultrapassou a casa dos 31 milhões de reais só no primeiro semestre de 2009. Esse valor ainda não atinge grandes quantias se comparado à compra total via cartão de crédito no Brasil, mas já chegou a 1% deste todo.

Os “cartãozeiros”, como são chamados os fraudadores de cartões magnéticos, possuem diversas táticas para fazer com que o dono do cartão caia em um golpe. Há alguns anos, antes da introdução dos cartões com chip no mercado, o índice de clonagens era muito maior. Se ação fosse realizada em um caixa eletrônico em uma agência bancária (o que não é nenhum pouco incomum) os bandidos colocariam o “chupa-cabra” – aparelho usado para copiar as trilhas magnéticas do cartão – no leitor de cartões e, em um lugar um pouco mais alto, filmariam o cliente digitando a senha.

Verifique se o caixa eletrônico está em ordem!

Estes aparelhos que roubam a identificação magnética dos cartões nada mais são do que leitoras comuns alteradas para que passem a gravar estes códigos e reproduzi-los em cartões quaisquer. No entanto, este método é um tanto grosseiro para os padrões tecnológicos que temos hoje. Infelizmente, a tecnologia também chega para auxiliar organizações criminosas e usuários mal intencionados.

Mau uso da tecnologia

Com a chegada dos sites bancários e das funções home-banking, o bandido só precisa encontrar um arquivo espião para fazer com que a senha e o número de cartão de crédito sejam roubados do computador do cliente. Isso acontece muito em casos de emails fraudulentos que se passam por comunicados da Receita Federal, Caixa Econômica Federal e outros bancos brasileiros ou até mesmo do exterior.

O processo de clonagem é mais simples do que muita gente pode imaginar. Porém, exige um arsenal de equipamentos que chegam a custar mais de 10 mil dólares. Nestes casos, o falsário não trabalha com materiais quaisquer e sim com réplicas quase idênticas aos cartões originais das operadoras mais variadas. Para fazer essa falsificação as quadrilhas utilizam impressoras de cartões, máquinas para criação de hologramas, impressão das letras em alto relevo e uma série de outros equipamentos.

Entretanto, esse tipo de quadrilha altamente especializada é mais frequente em países estrangeiros. No Brasil, o que se vê com frequência são as falsificações grosseiras. Muitos bandidos aproveitam dos cartões magnéticos oferecidos em centros de diversão eletrônica de shoppings centers para reproduzir as trilhas magnéticas dos cartões originais.

Os bandidos alteram os leitores de cartão para copiar a trilha magnética dos cartões!

As compras pela internet têm aumentado sensivelmente os números de fraudes envolvendo cartões de crédito em todo o Brasil. Os mesmos arquivos maliciosos escondidos em emails falsos roubam informações como número do cartão, data de validade e o código de segurança de três dígitos. Com esses dados, qualquer pessoa pode fazer compras no nome de quem quer que seja o dono daqueles dados. Por isso, se você costuma abrir todos os emails que chegam na sua caixa de entrada, comece a ser um pouco mais seletivo e desconfie de remetentes desconhecidos.

Como funciona o golpe

Primeiro de tudo, os bandidos precisam de um aparelho que leia cartões para poder revertê-lo de modo que o dispositivo passe a gravar as trilhas magnéticas que passam pelos seus contatos. Depois, este código é repassado para um segundo cartão que pode, ou não, ter o mesmo aspecto estético do original. O processo de transformação de cartões plásticos comuns em cópias quase fiéis de cartões verdadeiros leva a quadrilha a desembolsar uma boa quantia em dinheiro.

Clonar cartões é crime e pode resultar em até 5 anos de prisão!Normalmente estas fraudes não se restringem apenas aos cartões magnéticos. Quem faz falsificações dos cartões também pode fazer cédulas de identidade falsas, CPFs adulterados e uma série de outros documentos cuja confecção de um exemplar falso podem levar à cadeia. A pena para este tipo de crime varia de 1 a 3 anos de prisão (caso o documento falsificado seja particular; ex.: a própria carteira de identidade) ou de 1 a 5 anos, se o documento for público, como é o caso dos cartões de crédito.

Se a quadrilha decidir atuar de maneira direta nos caixas eletrônicos e máquinas de cartão nas lojas a forma de enganar tanto o lojista quanto o consumidor é uma afronta. O bandido se faz passar por um técnico da operadora de cartão de crédito e diz que vai fazer a manutenção da máquina. Na verdade ele instala o “chupa-cabra” para conseguir os dados do cartão.

Cartões com chip: aumento na segurança?

A chegada dos cartões com chip aumentou a segurança dos usuários de serviços de crédito. Essa tecnologia unificou dois cartões em um só e evitar que o cliente ande com um cartão para débito e outro para crédito como acontecia com os cartões magnéticos. Os chips possuem mais memória e fazem com que um único cartão possua as duas opções de pagamento: débito e crédito. Além disso, essa tecnologia conseguiu derrubar os níveis de fraudes em 98% em território francês.

Tome muito cuidado com o seu cartão!Um dos motivos pelos quais os cartões de chip são tão mais seguros que aqueles de tarja magnética está no fato de que essa nova tecnologia trabalha com autenticação offline, ou seja, não exige que o terminal (caixa eletrônico) esteja conectado com qualquer tipo de sistema além do que já está instalado. Esse tipo de cartão também é mais seguro no que se refere às transações feitas pela internet e dispensa a assinatura do portador, uma vez que o PIN do cartão é capaz de substituir essa necessidade.

A segurança dos chips também está no fato de que todos os dados contidos neste sistema estão criptografados. Entretanto, de nada adianta avançar cada vez mais a tecnologia para garantir a segurança dos usuários se o próprio cliente não toma os devidos cuidados com os seus cartões e documentos. Até mesmo os cartões de ônibus e metrô já passam por situação semelhante. Porém, a técnica para isso é diferente, afinal o sistema de funcionamento desses cartões é baseado em um sistema de Identificação por Frequência de Rádio – a mesma utilizada em etiquetas inteligentes em lojas.

Talvez ainda não exista um método 100% seguro para que as administradoras de cartão de crédito consigam manter os cartões longe dos falsários. Até mesmo o chip já sofre com algumas falsificações, afinal o que houve foi apenas a digitalização do processo que antes era analógico. Mesmo assim, é muito mais seguro fazer uso de cartões de chip do que continuar o uso daqueles que ainda têm a tarja magnética.

Golpes populares e como não ser enganado

Existe milhares de maneiras utilizadas pelos bandidos para conseguir as suas informações sobre números de cartão de crédito. Às vezes é você mesmo quem “entrega o ouro para o bandido”. Alguém liga para a sua casa se identificando como um funcionário da operadora do seu cartão de crédito e informa que foi feita uma compra de um objeto bastante incomum no seu nome com um valor bastante alto.

Nunca informe a ninguém os seus dados de cartão!Ao responder que não, você dará brecha para que o bandido diga que o seu cartão talvez tenha sido clonado e que é preciso fazer uma verificação. Ele pedirá que você informe o seu endereço, número do cartão e o número do PIN. Com esses dados o ladrão poderá fazer compras no seu nome a qualquer hora do dia. Ao final da ligação o suposto atendente pede que você telefone para a central de segurança da operadora do cartão informando o ocorrido.

Contudo, logo depois de desligar o telefone, já existirá uma compra no seu cartão e dessa vez ela é verdadeira e aconteceu por você ter cedido os números de segurança do seu cartão de crédito. Por isso, nunca diga a ninguém informações referentes à sua conta bancária ou cartões de débito ou crédito. Pode ser extremamente perigoso e, sem saber, você pode colaborar com o crime.

Outro golpe bastante difundido é o tão famoso “chupa-cabras”. Como não podemos saber se aquela máquina de pagamentos está ou não adulterada, procure nunca permitir que o atendente leve o cartão para longe da sua vista. Pode parecer um tanto exagerado, mas toda precaução é pouco quando o que está em jogo é manter o seu nome limpo na praça. Por isso, sempre que for realizar pagamentos com o seu dinheiro de plástico, fique atento para qualquer movimentação estranha.

Caso o seu cartão fique preso na máquina da loja ou no caixa eletrônico, procure anular ou cancelar a compra e comunique imediatamente o seu banco. Caso você utilize o telefone da cabine do caixa, verifique se o telefone funciona. Em caso negativo, o golpe é quase certo. Neste caso, não aceite ajuda de nenhum estranho.

Além dessas medidas de segurança, é importante que você se certifique que ninguém está observando enquanto estiver digitando a sua senha. É um direito seu exigir que as outras pessoas aguardem a vez respeitando as faixas marcadas no chão do banco. Dessa maneira você evita dores de cabeça envolvendo a segurança dos cartões e da conta bancária.

E você? Já passou por algo parecido? Conte para a gente e para os outros usuários qual foi a sua experiência! É importante compartilhar essas informações para que o extravio de cartões, roubo de números e senhas seja evitado! Afinal, mais de 31 milhões de reais já foram perdidos em todo o país só nos primeiros seis meses de 2009. Se você tem informações a respeito de alguma quadrilha ou teve seu cartão clonado, informe imediatamente o seu banco e a polícia.

Usar Fones Prejudica a Saude???

Usar Fones de Ouvido Pode Prejudicar a Saude???

Hã?! Será que você está prejudicando sua saúde sem perceber?

Apesar de isto ter virado moda há pouco tempo, os fones de ouvido já estão presentes no mercado bem antes de ouvirmos falar em MP3 player, iPod, iPhone, etc. Os fones tornaram-se mais comuns em meio aos adolescentes, mas os mais velhos também aderiram ao acessório. Prova disto é que até mesmo os aparelhos de telefone agora possuem entrada para fones de ouvidos, os quais, em muitos casos, já fazem parte do kit básico que vem junto com o aparelho.

Com a popularização dos MP3 players, tornou-se muito comum encontrar pessoas com fones de ouvido nos mais variados ambientes, com o transporte público seguindo como líder absoluto do lugar que possui mais pessoas “surdas” por metro quadrado.

Não é de hoje que existe uma preocupação grande com as pessoas que passam muito tempo fazendo uso deste acessório aparentemente inofensivo. Muitos estudos e pesquisas têm sido feitos nesta área, e os resultados são preocupantes. Mas será que isso tudo é verdade? Será mesmo que a utilização dos fones de ouvido pode prejudicar a nossa saúde?

Entendendo um pouco o decibel

Para facilitar a compreensão dos dados mostrados mais abaixo é preciso que o usuário esteja mais familiarizado com a unidade utilizada para medir a intensidade de um som, o decibel. Na escala decibel, o menor som audível possui uma intensidade de 0 dB. Como se trata de uma escala logarítmica, um som dez vezes mais forte do que o menor som audível possui intensidade igual a 10 dB, um som cem vezes mais forte, 20 dB, um som mil vezes mais forte, 30 dB, e assim por diante.

Para ficar mais claro, que tal um ideia prática? Confira abaixo a intensidade de alguns sons mais corriqueiros.Decibel, unidade de medida da intensidade do som

  • Quase silêncio total - 0 dB.
  • Sussurro - 15 dB.
  • Conversa normal - 60 dB.
  • Buzina de automóvel - 110 dB.
  • Show de rock - 120 dB.
  • Tiro ou rojão - 140 dB.

A exposição a um som com intensidade de 90 dB por mais de sete horas pode causar alguns danos à audição, mas basta um segundo para que um som com 140 dB de intensidade cause danos irreversíveis à sua audição, chegando a causar dor.

Hein?! Hã?! Não ouvi, pode repetir?!

É normal às vezes não conseguirmos ouvir o que a outra pessoa está nos falando, principalmente se tiver muito ruído no ambiente. Mas se isto está se tornando muito frequente, mesmo em ambientes silenciosos, e você é um utilizador assíduo de fones de ouvido, saiba que pode ser um sinal de que alguma coisa não está muito bem com sua audição.

Hã?Em uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, mais da metade dos adolescentes entrevistados, todos “dependentes” de fones de ouvidos, apresentaram três dos principais sintomas de perda de audição: ouvir constantemente zumbidos e barulhos de campainhas, aumentar o volume da TV e do rádio, dizer “Hein?!”, “Hã?!” e “O quê?!” durante conversas normais e em ambientes pouco ruidosos.

Algumas pessoas apresentam ainda sintomas secundários, como o surgimento da labirintite, tontura e dores de cabeça em excesso (com a concentração na dor nas têmporas). Mas não somos apenas nós, usuários e pessoas comuns, que sofremos com o som alto e os problemas no uso indevido dos fones de ouvido.

Também é comum o relato de músicos famosos que sofreram lesões permanentes no canal auditivo. O vocalista da banda Jota Quest, Rogério Flausino, perdeu trinta por cento da audição do ouvido direito devido à exposição excessiva ao som de alta intensidade. Além dele, Eric Clapton e Phil Collins também disseram ter problemas auditivos.

Então não vou mais usar fones!

O maior problema não é o uso do fone de ouvido em si, mas sim o exagero de muitas pessoas. Quantas vezes já aconteceu de você pegar ônibus ou passar por uma pessoa com fones de ouvido que estava com o volume tão alto que era possível ouvir a música claramente mesmo estando longe? Pois é, este é o real problema quando o assunto é a saúde auditiva.

Nossos ouvidos aguentam uma intensidade sonora de até 75 dB sem sofrer dano algum, acima disso a audição já começa a ser prejudicada. Quanto maior for a intensidade, menor é o tempo que podemos ficar expostos sem sofrer as consequências mais tarde.

Há, no entanto, outro problema muito freqüente relacionado aos fones de ouvidos, mas ainda desconhecido por muitos: a dependência. Assim como a dependência química, há relatos de pessoas que tornaram-se dependentes dos fones de ouvido e não conseguem fazer absolutamente nada sem eles, mesmo que não esteja tocando música alguma. Em casos mais graves, os usuários chegam a apresentar sintomas da chamada crise de abstinência.

Dois dos principais sintomas desta dependência são a dificuldade de concentração e o nervosismo excessivo da pessoa quando ela não está com o acessório “pendurado” nas orelhas. A agressividade repentina também pode ser um indicativo de que a pessoa está precisando de ajuda, antes que a situação se agrave.

Mas afinal, faz mal ou não?!

O dito popular já fala: “tudo o que é em excesso, faz mal”. Com os fones de ouvido não poderia ser diferente. Se usado corretamente, por períodos não muito longos, e com a música, ou o que você estiver ouvindo, em um volume que você, e apenas você, consiga ouvir claramente, não há problema algum.

Do contrário pode ser que, além de incomodar as demais pessoas que estão a sua volta, você comece a ter problemas de audição.

No começo pode parecer apenas um zumbido ou uma dorzinha chata, mas no futuro pode tornar-se um trauma irreversível e será preciso conviver com isto o resto da vida.

Então, já sabe, se começar a perceber algum destes sintomas, pode ser que esteja na hora de rever a maneira com a qual você utiliza os fones de ouvido. Fora isto, é só aproveitar e curtir.

Alguém aí tem amigos ou conhecidos que está começando a ficar surdo? Será que você não está apresentando os sintomas citados acima e nem percebeu? Fique atento, é uma questão de saúde!